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Amazon Style loja física

A loja física de roupas, sapatos e acessórios da Amazon

A Amazon está expandido ainda mais seus negócios e mercado. Nesse ano de 2022 está prevista a abertura de uma loja física de departamentos, com roupas, calçados e acessórios. A loja ficará em um complexo de compras elegante em Los Angeles, Estados Unidos, e já demonstra que o varejo físico não morreu, mas que a integração digital é o futuro!

As lojas físicas da Amazon

Em 2015, a Amazon abriu em Seattle a Amazon Books, sua primeira loja física. Já em 2017 comprou a Whole Foods, com suas 471 lojas. Em seguida inseriu no mercado a loja de conveniência com autoatendimento e sem caixas, a Amazon Go, e depois a Amazon 4 Stars, que vende lançamentos e mercadorias mais bem avaliadas. Agora está para abrir mais um modelo de loja física, a Amazon Style, que irá complementar as 611 lojas físicas da Amazon existentes na América do Norte (incluindo as lojas da Whole Foods).

Essa loja de departamentos de moda é o mais novo empreendimento da empresa fora do e-commerce. No entanto, é uma loja que usa tecnologia e está inserida no conceito IRL (In Real Life ou também conhecido como Intelligent Retail Lab).

O Retail IRL é o fenômeno no qual os varejistas digitais usam o que está funcionando para eles no mundo online e aplicam em suas lojas físicas. Normalmente usam sistemas que coletam informações de como os consumidores estão se comportando, por meio de uma variedade de sensores, câmeras, processadores, aplicativos, todos conectados por meio de um poderoso centro de processamento de dados.

Entre as novidades da Amazon Style está a forma como a empresa pretende tornar as compras mais rápidas e personalizadas para os clientes. Contudo, muito do que é apresentado nesse modelo não é novidade no varejo.

A loja física Amazon Style

Nessa nova loja da Amazon, apenas uma amostra de cada item será exposta na área de vendas, a maior parte ficará guardada no depósito da loja. Para comprar os produtos os clientes digitalizam um QR Code através do aplicativo de compras da Amazon e depois o recuperam os produtos no balcão de coleta.

Layout da Amazon Style

Fonte: site CNN Business

Porém, se o cliente quiser experimentar as roupas que está comprando, pode enviá-las para um provador, que possui telas sensíveis ao toque. Nessas telas dos provadores, os clientes podem solicitar tamanhos ou cores diferentes. À medida que os clientes navegam na loja e digitalizam os itens, os algoritmos da Amazon recomendam outros itens que podem ser de seu interesse.

Aplicativo Amazon Style e Provadores com tela touch screen

Algumas das lojas que já usam sistema de provadores similar a esse da Amazon Style é a Rebecca Minkoff e a Reformation. Isso mostra que a tecnologia digital está cada vez mais presente nos varejistas que estão à frente para gerar melhor experiência para o consumidor.

A presença de uma nova loja da Amazon pode ajudar a empresa a ganhar mais mercado nesse setor de roupas e no mundo físico. Ela também favorece alcançar clientes que desejam comprar pessoalmente, além de impulsionar o crescimento das suas marcas próprias, que são mais lucrativas. Como outra vantagem de ter um ponto físico é que os clientes podem fazer os pedidos online e retirarem na loja ou ainda devolver suas compras na loja.

Conheça um pouco mais da loja Amazon Style

Amazon reimagines in-store shopping with Amazon Style

O consumidor ainda prefere comprar na loja física

A Amazon começou a vender roupas online em 2002 e já se tornou a maior varejista de roupas da América. E, embora a empresa não tenha o mesmo nível de sucesso nas lojas físicas como tem na online, abrir um ponto físico parece ser algo bem promissor.

No varejo americano as lojas ainda representam mais de 85% das vendas. Apesar do virtual oferecer praticidade, comodidade e variedade, o consumidor ainda gosta de ver as roupas, sentir e provar antes de comprar. A loja física também oferece a possibilidade de usar os cinco sentidos e pode ficar mais fácil encontrar novas marcas e estilos de roupas pessoalmente do que navegando online. A mistura dos dois mundos, virtual e físico, permite a junção do melhor dos dois mundos.

Conforme a pesquisa “The Future Shopper Report 2021” da Wunderman Thompson, 64% dos consumidores globais preferem comprar com marcas que oferecem serviços online e na loja. E, mesmo com o grande crescimento do comércio eletrônico no EUA (30% em 2020), a projeção é que 72% do varejo ainda será offline em 2024, de acordo com pesquisa da Forrester.

Com essa preferência pelo físico e por marcas que tenham o online e a loja, muitas marcas estão expandindo ativamente suas ofertas nas lojas e flagships. A experiência imersiva, interativa e personalizada de compras digitais e físicas acontece em lojas como a Lego e a Google de Nova York.

Até mesmo o aplicativo TikTok abriu uma loja pop up (temporária) em Londres, em 2021. A loja não vendia produtos tradicionais, mas serviços, experiências e engajamento. Desse modo, oferecia o melhor da plataforma online com uma experiência da vida real.

Loja do Google, da Lego e do TikTok

Físico e Virtual na construção de uma experiência interativa

O varejo virtual continua e continuará a crescer, representando cada vez mais nas vendas do comércio. No entanto, o varejo físico não está morrendo, mesmo após a pandemia ele irá sobreviver. Mas sim, o presencial está se transformando para atender ao desejo de experiência superior que o cliente tanto almeja. Portanto, a junção do digital e do físico é um caminho sem volta.

Fonte: dados retirados do site CNN Business – https://edition.cnn.com/2022/01/20/business/amazon-clothing-store-retail/ e https://www.wundermanthompson.com/insight/irl-retail-revival

Aline Autran de Morais

Mestre em Administração com linhas de pesquisa em Omnichannel; Inovação em Marketing para o varejo; Marketing Digital; Gestão de Fornecedores. Especialização em Marketing, MBA em Gestão de Varejo e Gestão Empresarial. Mais de 20 anos de experiência em varejo de moda, tendo atuado como Gerente de Produto e Gerente de Gestão de Fornecedores na Lojas Renner, Gerente de Supply e Operações na Uatt?. Sócia-proprietária da Ideiamais. Professora na ESPM Porto Alegre e PUCRS.