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As prioridades dos varejistas

Alguns achados da pesquisa da Forrester (State of Retailing Online, 2018) foram apresentados na NRF2019 por Sucharita Kodali, Analista de Varejo da Forrester. Nesta apresentação ela mostrou algumas prioridades dos varejistas. Entre tudo o que foi apresentado, destaca-se que existem mais varejistas abrindo do que fechando lojas. Além disto, eles estão estabelecendo metas de curto e longo prazo e impulsionando seus negócios com investimento em tecnologia.

Investimentos de curto-prazo

Como investimentos de curto prazo, as prioridades dos varejistas se concentram em quatro objetivos principais: aumentar receita, reduzir custos, melhorar a experiência do cliente e melhorar produtos e recursos.

Para aumentar receita os esforços de marketing estão sendo concentrados em aquisição e retenção de clientes. Além do lançamento de novos produtos que atendam as demandas de consumo.

A redução de custos é uma máxima que maioria dos varejistas busca. No entanto, nesta pesquisa o objetivo apresentado a curto prazo é na diminuição dos gastos com TI, no entanto melhorando a cadeia de suprimentos e a retenção dos funcionários.

Melhorar a experiência de compra dos clientes é uma das grandes prioridades dos varejistas, tanto para lojas físicas como virtual. A ideia é aumentar a frequência de envolvimento do cliente através de experiências memoráveis.

No intuito de melhorar produtos e recursos, os varejistas querem lançar novos produtos mais rapidamente e ao mesmo tempo torná-los mais fáceis de usar. A cooperação entre os clientes e os varejistas também é importante para projetar estes produtos, gerando uma maior contribuição do consumidor.

Investimentos de longo prazo

Em relação aos investimentos de longo prazo, entre as prioridades dos varejistas está o investimento em variadas tecnologias. Um destes investimentos é por conta da melhoria na segurança dos dados, visto as novas políticas e leis que entraram em vigor e protegem o consumidor. Embora em curto prazo eles estejam buscando reduzir gastos com TI, a Inteligência Artificial, a Realidade Aumentada, a Realidade Virtual e a Robótica continuam sendo exploradas em longo prazo.

A personalização também é algo na mira dos varejistas, no entanto, sabe-se que muitos consumidores demonstram preocupação quando o varejista sabe muito sobre eles. Nem todos estão dispostos a partilhar detalhes pessoais com o intuito de obter personalização. Contudo, detalhes sobre os produtos que gostam é mais fácil de ser disponibilizado e eles se opõem menos. Portanto, a obtenção de dados continua sendo uma fonte útil para os varejistas.

Imagem: Fanjianhua – Freepik

A mobilidade e melhoria entre os canais estão entre as principais preocupações dos varejistas em longo prazo. Cada vez mais as pessoas usam os dispositivos móveis para comprar preços, consultar informações sobre o produto, ler opiniões e comentários sobre o mesmo antes da compra e, até mesmo, pagar.

Os varejistas precisam entender como podem ajudar nesta jornada de compra, sem gerar atritos e disponibilizando o autoatendimento onde o cliente desejar. A multicanalidade, no conceito omnichannel, ganha ainda mais relevância.

Aline Autran de Morais

Mestre em Administração com linhas de pesquisa em Omnichannel; Inovação em Marketing para o varejo; Marketing Digital; Gestão de Fornecedores. Especialização em Marketing, MBA em Gestão de Varejo e Gestão Empresarial. Mais de 20 anos de experiência em varejo de moda, tendo atuado como Gerente de Produto e Gerente de Gestão de Fornecedores na Lojas Renner, Gerente de Supply e Operações na Uatt?. Sócia-proprietária da Ideiamais. Professora na ESPM Porto Alegre e PUCRS.