O varejo tem passado por muitas transformações. Como resultado traz avanço da tecnologia, robótica e criação de experiências cada vez mais criativas para o consumidor . Prever o que está por vir não é fácil! Porém, todos os anos especialistas da área sempre apontam para as novas tendências.
Neste artigo apresentamos algumas previsões do varejo para 2019 na visão de Susan Reda, editora da Revista STORE e Katherine Cullen, Diretora de Insights da Indústria e do Consumidor da NRF.
Colaboração e serviços
De acordo com Reda, os mercados colaborativos ou as vitrines como um serviço estão se tornando cada vez mais convencionais. Com a colaboração e espaços compartilhados, as pessoas estão usando estes espaços de maneira diferente e levando-os para o varejo. Estes espaços podem oferecer produtos específicos, podem testar novidades, oferecer café, serviço de manicure. Se tornam mais orientados ao serviço para o consumidor.
Tudo deve ser feito de forma simples, mas mudando a forma como pensávamos o varejo no passado. É preciso fazer o local ser excitante e introduzir elementos experimentais, mas também mantê-lo autêntico.
A WeWork, empresa de escritórios compartilhados, está trazendo um espaço de varejo compartilhado, o WeMRKT. Nele ela hospeda pop-ups e experimentos no varejo. O intuito é destacar e apoiar os produtos desenvolvidos pela comunidade WeWork.
Marcas direcionadas a valores
Conforme Katherine Cullen da NRF, é importante ter marcas direcionadas para seus valores. E é preciso buscar os valores de sustentabilidade e transparência.
Uma pesquisa identificou que 60% dos consumidores não comprariam mais de suas marcas favoritas se descobrissem que os valores da empresa não correspondessem aos seus. De acordo com Reda, cada vez mais empresas desenvolvem seus produtos pensando no melhor para o meio ambiente e para nós. Como exemplo cita Everlane que tem uma coleção feita de garrafas de plástico descartáveis.
Além da marca Everlane, Reda cita Coyuchi, Patagonia e The North Face. Estas empresas possuem programas de reciclagem de seus produtos usados em troca de novos itens. Além da experiência para o consumidor, trazem a ideia de produtos que duram e são bons para o meio ambiente.
Inteligência Artificial
Em relação à Inteligência Artificial (IA), o mais importante é o varejista saber qual o problema que ele está resolvendo do seu cliente. A IA apenas irá ajudar a pegar todos os dados dos clientes e de algum modo fazer sentido para atendê-los. No entanto, isso só é possível se o varejista souber exatamente o que pretende atender.
Conforme Cullen, as empresas estão usando a IA para criar seus dados. Com isso podem começar a analisar o seu propósito, tornando possível tomar decisões mais inteligentes e rápidas. A IA tem auxiliado principalmente em termos de supply chain e personalização. Porém enfatiza que é preciso identificar qual o maior problema que precisa ser resolvido e qual o próximo objeto de importância do varejo.
Para Reda é necessário identificar o cliente correto, o mix de produtos certos e estoque adequado. A IA e o machine learning trabalham juntos. Constantemente olham os dados para poder mostrar uma melhor ideia do que é preciso estar na loja, o que precisa ser remarcado, o que precisa ser revisto no estoque. Cullen acrescenta que traz a possibilidade de personalização. Também pode prever o que o cliente vai querer adquirir, identificar o que é relevante para ele. A IA ajuda a entregar uma melhor experiência ao cliente, personalização, melhores mix de estoque e de estratégias de preços.
Robôs
Os robôs estão crescendo em sua participação no varejo, sendo muito importante principalmente no supply chain. O supermercado Ocado do Reino Unido utiliza robôs no seu centro de distribuição. Estes robôs conseguem processar 65.000 pedidos de clientes por semana.
Para atender com a agilidade o que o cliente quer os robôs serão muito importantes. Estão inclusive sendo utilizados em restaurantes. Portanto, Reda afirma que é preciso manter o olho em como os robôs vão mudar o varejo.
Como elas próprias comentaram em sua entrevista, quando se pensa em robôs não é possível esquecer-se da Amazon. A empresa também tem robôs em seus centros de distribuição e com isto consegue agilizar as entregas, oferecer preços mais baixos e melhorar a experiência do cliente.
Enfim, estes foram apenas alguns insights sobre as previsões do varejo para 2019. Você pode ver mais novidades para o setor acompanhando as nossas postagens nas redes sociais e no nosso blog. E entre os dias 13 e 15 de janeiros estaremos diretamente da NRF em NY.
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Fonte: Retail Gets Real NRF – adaptado da entrevista de Susan Reda, editora da Revista STORE e Katherine Cullen, Diretora de Insights da Indústria e do Consumidor da NRF – Retail predictions for 2019: What’s in and what’s out – https://nrf.com/blog/retail-predictions-2019-whats-and-whats-out