A audiência dos sites de e-commerce cresceu 17% em novembro comparado com o mês de outubro. Os sites pesquisados pela Conversion registraram 2,02 bilhões de acessos. No entanto, em 2020 esses e-commerce tiveram 2,39 bilhões de acessos, o que demonstra uma queda de 16% comparado com o ano anterior.
Contudo, a queda nas visitas aos sites de e-commerce não significa, necessariamente, o mesmo em relação às vendas. Dados da E-bit/Nielsen apontam um aumento de 4,4% nas vendas do Black Friday e 19% em todo o mês de novembro.
Representatividade do tráfego no e-commerce por setor
Em relação aos setores, o de importados, representado por lojas como Shopee, AliExpress e Amazon.com, é o grande destaque no tráfego em relação ao ano anterior. Nos últimos 12 meses, cresceu 17,50%. Esse setor é o segundo maior do e-commerce brasileiro, só perde para o Marketplace que tem lojas como Magalu, Americanas, Mercado Livre e Amazon.com.br. Porém, o setor de marketplace teve queda de 21,64% no tráfego em relação a novembro de 2020.
Além dos importados, outro setor de destaque foi o de turismo, com um crescimento 12,43%, demonstrando a sua tendência de retomada. Já o setor de farmácia e saúde teve uma alta de 8,84%. Alguns setores ficaram estáveis, como o de calçados (0,48%) e de educação, livros e papelarias (0,30%), mas os outros tiveram uma queda na audiência, conforme gráfico de setores com queda.
Embora o marketplace (varejo) não tenha a maior queda percentualmente nas visitas ao site (21,64%), em termos absolutos é o campeão com 247 milhões a menos de acessos. Depois tem o setor de moda com 44,3 milhões, o de eletrônicos & eletrodomésticos, 38,3 milhões, seguido de casa & móveis, 28,3 milhões e cosméticos, com 26 milhões.
Apps e usuários únicos ativos
O relatório da Conversion destaca que a participação de apps no tráfego total cresceu 25% nos cinco principais players (Mercado Livre, Americanas, Magalu, Shopee e AliExpress). Em janeiro de 2021 a participação de apps no número de acessos era de 33%. Em novembro esse número chegou a 41%.
Percebe-se um aumento no número de usuários únicos que trocaram o site pelos aplicativos dessas grandes empresas. Todos os usuários ativos dos apps dessas empresas representaram, em novembro, 143,4 milhões. Esse número era de 96 milhões em janeiro.
Os 10 maiores e-commerce do Brasil
No ranking geral, o Mercado Livre é o e-commerce mais representativo no Brasil em termos de audiência. Em seguida vem as Americanas e após Magazine Luiza. O gráfico apresenta os maiores e-commerces, considerando o percentual sendo dos 10 principais.
Na listas dos maiores e-commerce do Brasil, os outros (11%) são Netshoes, Extra e Samsung.
Acessos ao e-commerce pelo celular
As vendas pelos dispositivos móveis tem crescido nos últimos anos. Essa tendência também é vista nos acessos. No mês de novembro, 67,1% dos acessos nos sites de e-commerce foi feita através do smartphone. Dentre os segmentos que tiveram a maior participação nas visitas pelo dispositivo móvel, o primeiro foi o infantil, com 85%. Depois cosméticos, com 83%, farmácia & saúde com 79%, calçados com 78%, pet com 77% e moda & acessórios com 75%. No total geral, 67% dos acessos foram através do mobile.
Participação das visitas aos e-commerce por fonte de tráfego
Considerando as fontes de tráfego aos e-commerces, a busca direta é a mais representativa, com 43,4%. Em segundo lugar está a busca orgânica, com 25,6% e após vem a busca paga, com 20,6%. Isso demonstra a importância de ter um endereço de site (domínio) que seja de fácil lembrança para o tráfego direto. Também mostra como é relevante ter um bom SEO – Search Engine Optimization (otimização para mecanismos de busca) e investir em mídias pagas.
Embora a diferença entre as buscas orgânicas e pagas seja de apenas 5 pontos percentuais, o SEO é uma estratégia importante para a sua loja de e-commerce.
Entre os buscadores, o Google é disparado o mais utilizado. Na verdade, ele domina entre os sites de buscas com 96,82% da participação no mercado no Brasil, de acordo com os dados do Statcounter.
Estar nas primeiras posições no Google, de forma orgânica, ajuda a conversão para a sua loja, visto que 75% dos usuários não chegam na segunda página de resultados. Além disso, pesquisas demonstram que os brasileiros confiam mais na busca orgânica do que nos links patrocinados.
Esses resultados da audiência dos sites de e-commerce possibilita algumas análises para planejar ações de tráfego para o ano de 2022.
Fonte dos dados: Relatório Setores E-commerce no Brasil – Dezembro 2021 – Conversion